SUDÃO: MULHER É CONDENADA À FORCA POR TER SE CASADO COM CRISTÃO

Anistia Internacional pressiona o governo sudanês para libertar a mulher e anular a sentença condenatória. País segue a rígida lei islâmica.

 

Um tribunal sudanês condenou nesta quinta-feira (15) uma mulher à forca por apostasia (abandono da fé) depois que ela deixou o Islã e se casou com um homem cristão. “Nós demos-lhe três dias para se retratar, mas você insiste em não retornar ao islamismo. Por isso, condeno-a a ser enforcada até a morte”, disse o juiz a mulher, segundo a rede BBC.

Embaixadas ocidentais e grupos que defendem os direitos civis pressionam o Sudão a respeitar o direito de Meriam Yehya Ibrahim Ishag de escolher sua religião. O Sudão tem uma população majoritariamente muçulmana e é regido pela lei islâmica. A imprensa local relata que a mulher condenada está grávida de oito meses e por isso a sentença só será realizada após dois anos.

O juiz também condenou a gestante a 100 chibatadas por adultério. Ele justificou que o casamento com um homem cristão não era válido e ela traiu a lei islâmica. No início da audiência, um clérigo islâmico falou com Meriam, que estava literalmente enjaulada no tribunal, por cerca de 30 minutos. O objetivo era forçá-la à renúncia do seu marido cristão e a volta ao islamismo. Ela não aceitou e, segundo relatos, calmamente disse ao juiz: “Eu sou cristã e eu nunca cometi apostasia”.

A Anistia Internacional disse que Meriam foi criada como uma cristã ortodoxa, religião de sua mãe, pois seu pai, um muçulmano, teria sido ausente durante a sua infância. No tribunal, o juiz se dirigiu a ela somente pelo seu nome muçulmano, Al-Hadi Adraf Mohammed Abdullah. Ela foi presa e acusada de adultério em agosto de 2013 por ter se casado com cristão e o tribunal acrescentou a acusação de apostasia, em fevereiro de 2014. A Anistia disse que Meriam tem o direito de casar com quem desejar, assim como seguir a religião que lhe convir, e deveria ser liberada imediatamente.

 

By: Veja

Qual o Valor de Uma Alma?

o valor de uma alma

Se eu fosse perguntar a você cristão; o seu ranking de prioridade atualmente, qual seria a colocação de uma vida?

“Amaras o teu próximo com a ti mesmo” Mt: 22:39, será que você tem colocado o teu próximo no local que deve está, e tem dado o valor que ele merece?

Ou você está na igreja sentado se preocupando apenas consigo,  não dando a minima importância para o que está acontecendo com o seu próximo?

Essas perguntas só você pode responder, mais gostaria que você calculasse comigo neste momento o valor de uma alma.

Amor+dor+cruz do calvário+sangue do filho de Deus= Vida

Agora você viu o quão valorosa é uma alma? O quanto foi pago por cada uma delas? Por respeito a esse valor inestimado não desperdice as chances que você tem de ajudar alguém, faça a diferença nessa nação e ame o próximo como a ti mesmo.

By:J.C-Barros

Kuweit

kuwait

A Igreja e a Perseguição Religiosa

A Igreja

Acredita-se que existem cristãos onde hoje é o Kuwait desde os tempos do apóstolo Paulo, mas o primeiro cristão de que se tem notícia no Kuwait foi um católico norte-americano que chegou ao país em 1795. A maioria das igrejas, no entanto, foi construída em anos mais recentes.

A história da comunidade cristã no Kuwait começou no início do século XX (1910), quando missionários da Igreja Reformada da América foram ao país realizartrabalhos humanitários e tiveram a oportunidade de compartilhar o evangelho com os kwaitianos. A primeira igreja do país foi a Igreja Evangélica Nacional do Kuwait, construída em 1931.

A descoberta dos poços de petróleo na década de 1950 atraiu milhares de cristãos estrangeiros ao país, o que contribuiu para o crescimento da comunidade cristã ali, além de mais duas igrejas: a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Copta.

Estima-se que o número de cristãos no Kuwait seja de 400 mil pessoas, quase todos trabalhadores estrangeiros, em sua maioria indianos, filipinos, europeus, americanos e libaneses; a maioria pertence à Igreja Católica. Estima-se haver pouco mais de 200 cristãos nativos.

A Perseguição

A Constituição de 1962 estabelece o islamismo como religião oficial do Estado e utiliza a sharia (lei islâmica) como principal base de sua legislação: há leis contra a blasfêmia, apostasia e evangelização de muçulmanos. No entanto, o texto também assegura a liberdade e a livre prática religiosa.

Em comparação com muitos países islâmicos, o Kuwait mantém uma postura moderada no que se refere a outras religiões. Os cristãos residentes no país podem se reunir livremente e estabelecer igrejas, e as relações entre muçulmanos e cristãos são abertas e amistosas. O governo não permite conversões de muçulmanos a outras religiões. Quando isso acontece, é de forma muito discreta. Se a conversão é descoberta, o indivíduo encontra hostilidade: perde o emprego, sofre danos em sua propriedade, é intimado repetidas vezes à delegacia, preso, abusado física e verbalmente, monitorado pela polícia.

Fora das quatro denominações reconhecidas (anglicana, copta ortodoxa, evangélica nacional e católica romana), igrejas são proibidas de expor sinais exteriores, como a cruz ou o nome da congregação. Também não podem realizar atividades públicas. Igrejas sem recursos financeiros para alugar um espaço podem se reunir em escolas nos fins de semana, embora os representantes das igrejas informem que as escolas foram pressionadas a impedir tais reuniões.

Não há uma lei específica que proíba estabelecer templos não muçulmanos; contudo, na prática, os poucos grupos que solicitaram licenças para construir novos templos não as obtiveram. Para alguns grupos religiosos, isso mostra que é impossível conseguir licença para um novo templo.

História e Política

Em pleno Oriente Médio, o Kuwait situa-se entre o Iraque e a Arábia Saudita, na Península Arábica, desfrutando de grande importância devido às suas substanciais reservas petrolíferas. Formado por terreno desértico, apenas 0,84% do território do Kuwait é arável. Seu nome deriva do diminutivo da palavra árabe “kut”, que significa “forte” (fortaleza) ou “fortaleza construída perto da água”.

É possível que pessoas da idade da pedra tenham habitado a região onde hoje está o Kuwait: arqueólogos descobriram ferramentas da pedra lascada de aproximadamente 10 mil anos atrás; fragmentos de cerâmicas, facas e pérolas indicam que o local foi usado por povos que habitaram a antiga Mesopotâmia. Durante a Idade do Bronze (3000 a.C.), a região foi dominada pelo Império Dilmun, que se desenvolveu através do comércio marítimo.

No século III a.C., Failaka (atualmente a maior das nove ilhas do Kuwait) foi dominada por Alexandre, o Grande; escavações recentes na região demonstram as evidências da dominação helenística, tendo sido descobertas ruínas dos templos dedicados aos deuses Ártemis e Apolo. Os gregos utilizaram o Golfo Pérsico como uma importante passagem da Mesopotâmia à Índia. Os árabes muçulmanos chegaram à região no século VII, impondo sua religião e cultura aos povos ali presentes. Os portugueses foram os primeiros a chegar ao país, no final do século XV, impulsionando a economia da região através do comércio marítimo. Após os portugueses, vieram os holandeses e os ingleses.

A partir da segunda metade do século XVIII o país ficou sob o domínio da família Al Sabah – dinastia fundada pelo xeique Sabah Abdul Rahaim, em 1756, que governa o país até os dias atuais. Em 1938 houve a descoberta do petróleo no país, fato que revolucionou completamente sua economia. Quem se beneficiou disso foi a Grã-Bretanha, que tinha o Kuwait como seu protetorado e que, após a invasão da Rússia pela Alemanha, em 1941, aumentou ainda mais seu poder político sobre o Kuwait e também sobre o Iraque, temendo perder espaço para os alemães. O país se tornou independente da convenção anglo-otomana de 1913 em 19 de junho de 1961.

No início da década de 1990, o país foi invadido pelo Iraque de Saddam Hussein, sob a alegação de que o território do Kuwait pertencera historicamente ao Iraque. Com a ajuda dos EUA e seus aliados, o Kuwait conseguiu expulsar de seus territórios os iraquianos, saindo vitorioso da chamada “Guerra do Golfo”. As manifestações sociais que derrubaram ditaduras no mundo árabe também chegaram ao Kuwait e foram reprimidas com violência.

População

Com exceção das tribos nômades que habitam as areias do deserto, praticamente toda a população vive nos centros urbanos. Mas, dessa população, mais de 1 milhão é composta de imigrantes palestinos, egípcios, jordanianos, iranianos, paquistaneses, indianos, bengaleses e filipinos.

Embora a expectativa de vida seja de 77 anos, somente 2,9% da população ultrapassa os 65, e 72% têm entre 15 e 64 anos de idade. Com estudo obrigatório e escolas públicas, 93% de toda a população adulta kwaitiana é alfabetizada. Um programa de saúde nacional assegura o acesso gratuito ao atendimento médico.

Na prática, todos os cidadãos kwaitianos são muçulmanos sunitas, enquanto os estrangeiros muçulmanos que trabalham para o governo são majoritariamente xiitas.

Economia

Aproximadamente 10% de todas as reservas conhecidas de petróleo pertencem ao governo: a economia do país é dominada pelo ouro negro, correspondendo a 90% das receitas de exportação do país. Quase toda a população é de funcionários públicos. São os imigrantes que fazem o trabalho pesado: 80% da força de trabalho é formada por não-kwaitianos.

Grande parte dos alimentos que o país consome é importada, embora exista alguma atividade agrícola e pesqueira. O país sofre com a falta de água potável.

By: Missão Portas Abertas

Não Desista de Quem Você Ama

      “Chorei todas as noites durante o meu primeiro ano de casamento”, diz Eyshila

        Confira a emocionante história de libertação das drogas na vida de Odilon Santos, contada pela cantora Eyshila

“Aos 17 anos conheci meu marido. Ele era filho do então pastor presidente da igreja, José Santos, e vinha de uma família muito querida. Depois de um tempo, decidimos começar um namoro. Para mim era um sonho se concretizando, mal sabia o que me aguardava. Com o passar do tempo fui percebendo algumas atitudes diferentes. Ele faltava a alguns compromissos, chegava atrasado, e às vezes percebia um cheiro diferente na sua roupa, como de cigarro. Foi então que após um ano de relacionamento descobri que ele era viciado em drogas.

Como não sabia muito sobre esse assunto, jamais imaginei que ele fosse usuário. Ele vinha de uma família muito respeitada e acreditava que drogados fossem ladrões das quais a gente precisava se afastar. Entrei em crise! Sua irmã veio até mim me contar todo seu caso. Disse que quando ele desaparecia era por que estava no “morro” (local onde são vendidas as drogas) e, às vezes, ficava por lá, durante três dias. Contou que ele era viciado em cocaína e como eu era muito nova, deveria pensar se realmente valia a pena namorá-lo. Mesmo com a minha decepção achei que poderia ajudá-lo a “sair” dessa. Não contei nada a ninguém e fui suportando a situação, mas com o passar do tempo as pessoas foram percebendo.

Depois ele se internou em uma clínica, nessa altura da história meus pais já haviam ficado sabendo do caso dele. Ao sair do centro de recuperação, teve uma melhora sensível e decidimos noivar. Meus pais apoiaram porque ele era uma pessoa muito boa. No entanto, passados algum tempo teve uma recaída (retorno ao uso de drogas). Não suportei e acabei terminando o noivado.

Ficamos dois anos separados, e foi um tempo em que eu me afastei da presença de Deus e me rebelei. Fui conhecer o “mundo” mesmo cantando no grupo Altos Louvores. Passei a ter uma vida dupla. Era como se a minha revolta estivesse superado o meu temor a Deus. Cantava na igreja e depois dançava na boate (É triste porque isso acontece muito hoje na Igreja).

E então, um dia estava ministrando em Curitiba e Fernanda Brum bateu na porta do quarto durante uma apresentação e disse: “Gente, vocês devem me achar uma mulher louca, mas Deus me pediu para bater aqui e pedir para ser amiga de vocês.” Quando ela fez isso fiquei com “cara de paisagem” juntamente com minha irmã Liz Lanne, mas eu conhecia a Fernanda de longe e sabia que ela era uma mulher de Deus.

Uma vez a ouvi dizer assim: “Eu amo muito o Espírito Santo e tenho muito medo de decepcioná-lo, porque só eu sei de onde Ele me tirou.” Ao ouvi-la, pensei comigo mesma: “Quem é o Espírito Santo afinal de contas?”, “Onde estava ele quando eu passei por tudo aquilo?”, “ Por que ela tem toda essa intimidade com Deus e eu com tantos anos de crente não tenho?”

Então Deus nos uniu em uma amizade muita bonita e nunca mais nos separamos. Passamos a fazer reuniões de oração e comecei a me envolver mesmo com Deus. Foi quando realmente me posicionei em fé. Orávamos no “quarto rosa” da Fernanda. Lá era realmente tudo rosa, as cortinas, a cama, as paredes (lembra sorrindo). Clamávamos a Deus pela vida dos nossos futuros maridos. Éramos solteiras, mas toda jovem sempre sonha em se casar e ora por esses motivos.

Já havia passado dois anos desde que tinha me separado do Odilon, quando numa tarde ele passou de carro em frente a minha casa e entrou para me cumprimentar. Quando o vi entrando pela porta, com o coração acelerado, percebi que não o havia esquecido. Depois ele me ligou convidando para jantar.

Ele me disse que estava à procura de uma esposa e decidimos orar para saber a direção de Deus. Enquanto orava pelo nosso relacionamento, Deus me orientou a pedir perdão a uma mulher que havia profetizado na minha vida e na época não havia crido. Fui a casa dela durante a reunião de oração e pedi desculpas.

Quando estava saindo, ela me disse que tinha um recado de Deus para mim: “Você não precisa temer em relação ao homem que você está orando. Fique confiante, porque Deus tem grandes planos para vida de vocês”. Fiquei gelada da cabeça aos pés, porque não havia contado nada a ninguém. Odilon e eu estávamos orando secretamente.

Esperei que Deus confirmasse também no coração dele sem contá-lo da profecia. Quando ele recebeu a resposta de Deus, resolvemos nos casar. Faltavam dois meses para unirmos as alianças, quando ele teve novamente outra recaída. A pior de todas. Não contei nada a ninguém e me casei acreditando na promessa que Deus estaria conosco.

Então, no dia 9 de dezembro de 1995, nos casamos. Desta data até completar um ano de casada, chorei todas as noites. Logo quando nos casamos ele disse: “Já tentei sair das drogas, tentei, e não vou conseguir sair nunca. Então você decide ficar casada com um viciado ou se separa. Não vou largar as drogas. Eu gosto e me sinto bem. Tanta gente no meio artístico consegue continuar vivendo assim, então, vamos conseguir.”

Ouvir isso foi a pior afronta que já recebi na minha vida! Era como se o diabo estivesse falando comigo. Então, percebi que a minha luta não era contra o meu marido, mas contra o diabo. Precisava usar armas mais poderosas do que brigar e argumentar, precisava fazer uso da oração.

Eyshila e o marido durante Lua de Mel

Também tomei a decisão de ser a mulher mais amorosa do mundo. Pensei comigo mesma: “Vou ser disponível, vou fechar todas as brechas, vou orar e jejuar.” Então deixei de ouvir música secular e assistir novelas. Quebrei todos os meus CDs não cristãos. Deus colocou no meu coração que eu precisava encher a minha casa de adoração.

Passei a limpar a casa orando e consagrando tudo a Deus. Peguei inúmeras vezes trouxas de drogas e jogava no vaso sanitário. Com o passar do tempo deixei de jogar fora e pedi a ele que usasse dentro de casa. Achava mais seguro, ele usar em casa do que ser pego na rua. Então, enquanto ele usava drogas, eu ficava no quarto orando e intercedendo pela vida dele.

Às vezes, acordava de madrugada e Deus pedia para eu orar por ele ou buscá-lo na rua. Eram livramentos de morte que o Senhor estava dando ao meu marido. Decidi que não compartilharia nada do que estava vivendo com ninguém. Porque o Senhor havia dito ao meu coração que eu perdoaria meu marido quando ele fosse liberto, mas as pessoas de fora continuariam com raiva. Não queria expô-lo, por isso me calei.

As pessoas percebiam que algo estava errado, mas não comentavam nada sobre o assunto. A Fernanda Brum sempre me enviava cartas de consolo, sem saber o que acontecia de fato. Com todas essas coisas que estava vivendo, passei a me dedicar na obra. Servia incansavelmente nos ministérios. Queria encontrar forças na casa de Deus para vencer as lutas que estava vivendo. Sentia-me cuidada e amada na igreja. Percebia que Deus estava me preparando para o meu ministério.

No meio de tudo isso, recebi o convite de gravar meu primeiro CD pela MK Music. Uma das músicas que estaria no novo CD seria a canção “Tira-me do vale”. Então fui ao banheiro da gravadora e disse a Deus: “Como eu vou cantar essa música se ela ainda não é verdade na minha vida? Como vou cantar essa canção se eu tenho vivido no vale desde o início do meu casamento? Dá-me um sinal de que há esperança. Eu não aguento mais!”

Depois de ter cantado a música, senti que Deus faria algo. Então cheguei em casa de madrugada e ele novamente não estava (geralmente estava no morro neste horário). Mesmo não o vendo no nosso lar, senti uma confiança no coração. Deus havia me consolado de uma forma especial durante a minha oração. O Espírito Santo me tocou para orar pela vida dele.

Fiquei em oração por ele. Quando deu três horas da manhã, ouvi o barulho do carro chegando no estacionamento. Ele havia chegado totalmente atordoado. Havia tido um problema no “morro” e estava decidido a morrer. Saiu de lá com o carro em alta velocidade. Então, ele entrou no quarto e ajoelhou ao lado da minha cama e disse: “Eyshila, é para você orar pedindo a Deus para me levar ou me libertar, porque do jeito que estou eu não aguento mais.”

Então, fiz essa oração de entrega. Foi horrível porque eu não queria que Deus o levasse, mas fiz como ele havia pedido. Depois desse incidente, ele foi para um retiro espiritual e eu fiz uma viagem para Macapá. O local onde meu marido estava não tinha telefone, então não tinha como me comunicar com ele, sendo assim, ficamos quatro dias sem nos falar. Fiquei todo esse tempo em oração. Fiquei receosa se no momento em que chegasse o encontraria morto porque ele poderia fugir do sítio e voltar para o morro.

Em uma das noites do congresso em Macapá, uma mulher se levantou colocou as mãos na minha cabeça e disse: “Por que se preocupa com quem você deixou em casa? Quando você voltar terá uma grande surpresa e Deus os usará muito!” Naquele momento percebi que realmente era Deus que estava no controle e que não podia fazer nada.

Quando voltei para casa, vi que o Odilon não estava em casa. Meu coração estava acelerado, porque mesmo tendo uma palavra de Deus, tinha receios dele estar no morro. Fui até a casa de sua mãe, e vi que estavam todos reunidos. Havia muita alegria e presença de Deus na casa. Olhei para o Odilon e vi que ele era uma outra pessoa. Havia sido renovado no Espírito Santo e liberto de tudo.

Odilon, Eyshila e os dois filhos

Desde aquele dia, ele nunca mais usou drogas, já faz 16 anos. Em seguida foi consagrado a diácono e depois a pastor. Nossa vida foi transformada e tivemos dois filhos. Hoje dirige uma filial da nossa igreja e o ajudo com o trabalho ministerial.

Gravei recentemente a música “Profetiza”, do CD “Jesus, o Brasil te adora” como homenagem aos pais do Odilon que sofreram tudo isso durante o período em que ele usava drogas. Faz referência também a todas as famílias que têm sofrido esse dilema diariamente.”

Assista ao clipe da música “Profetiza”

*Queridos internautas, o testemunho da irmã Eyshila é para edificar sua vida mostrando a fidelidade de Deus, no entanto baseie sua fé na Palavra de Deus. Testemunhos são experiências particulares que não podem ser usados como padrão para ação de Deus na sua vida. Deus tem uma forma particular para agir na vida de cada pessoa do corpo de Cristo.

::Eyshila Santos

Adaptação: Érica Fernandes

Testemunhos “O som mais assustador que já ouvi foi o de carros no meio da noite”

 

Hye aprendeu sobre Kim Il-Sung, o “Grande Líder” da Coreia do Norte, na escola e sobre Deus em casa. Ela passou sua infância brincando do lado de fora da residência, enquanto os adultos realizavam encontros cristãos absolutamente secretos do lado de dentro. Sua avó era a líder do grupo de irmãos. Mesmo sendo criança, Hye tinha uma missão muito importante

 

 

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Sempre quando alguém se aproximava do portão de sua casa, a pequena Hye corria o mais rápido possível para avisar aos seus pais que o culto deveria ser interrompido. Esse foi o maior propósito de sua vida durante muitos anos, até a polícia secreta prender o seu pai. 

Tudo aconteceu em 1994, quando Kim Il-Sung, o “Grande Líder” morreu e a Coreia do Norte estava de luto (hoje, 15 de abril, comemora-se o 101º aniversário dele). Hye deixou sua casa por algumas horas sem saber que não tornaria ver seu pai novamente. Oficiais da Agência de Segurança Nacional invadiram a casa de sua família durante um culto e levaram seu pai preso.

Quando Hye chegou em casa, ficou esperando seu pai abrir o portão. Ela era a caçula de seus irmãos, sempre foi tratada com todo o cuidado. Seu pai a recebia com um abraço apertado todas as vezes que ela voltava da escola. Mas dessa vez, ele não estava lá. Hye procurou por ele em seu quarto, mas também não estava lá. Foi então que ela percebeu que o seu maior medo havia se tornado realidade: seu pai fora preso pelo governo da Coreia do Norte.

Hye ficou inconsolável, arrasada! Será que ela poderia culpar a Deus pela tragédia que havia acometido sua família? Mesmo em meio à dor, ela não pensava dessa forma. Na verdade, nem houve tempo para isso. Apenas duas semanas depois, a avó de Hye – sua grande heroína na fé – faleceu.

Vovó havia lhe ensinado tantas coisas sobre o relacionamento com Deus. Apesar de viverem dias difíceis, sua avó sempre lhe dizia para confiar no Senhor Jesus. Hye conta sob quais circunstâncias aprendeu a admirá-la ainda mais: “Sabíamos que as mesmas pessoas que haviam prendido o meu pai estavam vindo atrás de nós. Então, teríamos de queimar nossa Bíblia”. 

Apesar de seu grande apego àquele livro, a avó acalmou a todos, mas fez com que a família prometesse algo que marcou a vida de Hye para sempre: “Prometam-me que vocês irão perseverar firmes na fé”.

Quando as chamas devoraram as páginas da Bíblia, vovó chorou intensamente, fechou os olhos e partiu para morar no céu. “Todos nós morreremos um dia. Talvez nós, cristãos, morramos um pouco mais cedo do que os outros porque o céu espera por nós!”, dizia a senhorinha que tanto inspirou a vida cristã de Hye.

 

Com a Bíblia de seu pai confiscada e a de sua avó, queimada, não havia mais a Palavra de Deus na casa, exceto pelo que eles haviam decorado.

 

“Desesperadamente, minha irmã escreveu em um papel tudo o que lembrava e guardou em um lugar secreto. Ela lia sempre que estava passando por momentos difíceis. Acontece que, aqui na Coreia do Norte, praticamente todos os momentos são difíceis. Ainda mais se você é cristão”, relembra Hye. 

A sobrevivência de cada dia

O medo de ser preso como o pai assombrou a família de Hye por muito tempo. “O som mais assustador que já ouvi foi o de carros no meio da noite”, confessou ela. Quase não havia carros na região onde moravam. Por isso, todas as vezes que ouviam um veículo passando, pensavam que aqueles policiais iriam buscá-los também. “Na manhã seguinte, as pessoas olhavam pelas janelas de outras casas para ver se alguma família estava faltando. Estávamos sempre preparados para deixar nosso lar”.

 

Hye viveu nessa situação vulnerável e instável por mais de dez anos até que conseguiu atravessar a fronteira da Coreia do Norte com a China. Tempos depois conseguiu chegar à Coreia do Sul, onde vive hoje. Tempos depois, sua mãe fez o mesmo trajeto. Assim que ambas foram reconhecidas como refugiadas, elas se juntaram ao grande número de cristãos norte-coreanos que imigraram por conta da perseguição e opressão.

 

Refugiados, como Hye, não entendem como as coisas podem ser mantidas como são hoje: “O governo ignora a liberdade em todos os âmbtos, o nível dos direitos humanos é de zero. Não pode se praticar nenhuma religião. O líder da Coreia do Norte tem de ser adorado como deus, e isso não vai mudar, a menos que o regime entre em colapso”, disse um deles. Leia mais em Não há qualquer liberdade religiosa na Coreia do Norte“. 

A Portas Abertas tem amparado refugiados como Hye na China, a porta de escape de vários deles. Para aqueles que, ao contrário de Hye, não conhecem a Jesus, nossos colaboradores explanam a Palavra de Deus, e muitos têm se convertido e voltado como missionários a sua terra natal.

        By: Missão Portas Abertas

E Você, é Feliz Por Ter a Palavra de Deus Todos os Dias?

Lindo vídeo gravado quando um grupo de irmão chineses receberam bíblias contrabandeadas por missionários que se dispuseram a levar a palavra de Deus aos cativos.

É emocionante ver com que alegria eles receberam a palavra de Deus, e eu te pergunto, você tem tido está mesma alegria quando acorda e ver a bíblia? Ou antes de dormir você sente anseio em ler a Palavra de Deus?

Pense bem e reveja seus conceitos, e lembre o que realmente é importante, não desvalorize aquilo que outros dão tanto valor.

O Grande dia, 25 de Maio, Missão: Impactar o Mundo

Evangelização Global dia 25 de maio é o dia -Participe, envolva-se fale do Amor de Jesus-Assista

Dia 25 de maio 2013 acontece a segunda edição do G.O.D – Global Outreach Day. Em 2012 o Brasil e o mundo se mobilizou através da igreja de Cristo espalhada nos quatro cantos e foi feito 24 horas de compromisso com o Senhor, de falar do Seu Amor ao próximo. Este ano não pode ser diferente, participe, evangelize. – Confira, Assista e comente…
No dia 25 de maio acontece a segunda edição da ação evangelística em todo o mundo.
G.O.D. é sigla para Global Outreach Day, traduzindo, o Dia de Evangelização Global.
No dia 25 de Maio, Cristãos do mundo inteiro estarão levando o Amor de Jesus aos 4 cantos do planeta. Seja nas ruas, hospitais, prisões, casas, escolas, campos… Ninguém ficará sem ouvir do amor de Jesus. João 17:21 fala sobre o mundo crer que Jesus foi enviado, e que isso acontecerá quando nós nos tornarmos UM.
E Você faz parte disso! Fale de Jesus nas ruas, organize um evento no centro da cidade, leve alguém pra tomar sorvete, ou prepare um jantar para amigos enquanto você fala de Jesus e Seu amor.
Você pode enviar emails ou compartilhar videos evangelísticos no Facebook. Junte-se a sua igreja e amigos e saia em grupos. Você pode ajudar famílias necessitadas, orar pelos doentes, ofereceruma carona, evangelizar com música, faça o que Deus te criou para fazer.
 
Organize eventos, festivais nas ruas, flashmobs ou sessões de cinema. Vá aos aeroportos, centros de reabilitação, organize um concerto de música gospel, ore nos hospitais, compartilhe Jesus na internet, na TV, nas rádios, flyers, outdoors, SMS, transportes públicos, universidades, prisões...
Enfim se você participou em 2012 participe outra vez e se não participou esta é a oportunidade de somar com o milhões de cristãos de toda parte do mundo para levar aPalavra de Salvação e Libertação, ensinando e mostrando O Caminho que é Jesus. Amém…
Confira vídeo divulgação do evento no Brasil e comente…

Cazaquistão

cazaquistão 

A Igreja e a Perseguição Religiosa

A Igreja

Nos séculos VII e VIII, o nestorianismo  espalhou-se pelo sul do Cazaquistão e chegou a influenciar os líderes. Estabeleceram-se sedes episcopais na região.
Tamerlão, o último dos grandes conquistadores nômades da Ásia Central, erradicou o cristianismo no século XIV. Na sua luta para conquistar o mundo, Tamerlão matou infiéis porque não eram muçulmanos, e muçulmanos porque não eram fiéis. Durante o “Grande Expurgo” – período em que o ditador soviético Josef Stalin perseguiu seus opositores políticos – muitos cidadãos foram deportados para o Cazaquistão, entre eles cristãos ortodoxos, católicos e protestantes.

Sacerdotes também foram deportados e enviados a campos de concentração no Cazaquistão. Uma vez soltos, eles iniciaram um ministério clandestino. A Igreja cresceu principalmente entre os não-cazaques. Após a independência, luteranos russos de origem alemã saíram do Cazaquistão com destino à Alemanha, à Rússia e a outros países. A influência cristã diminuiu, mas a independência trouxe mais liberdade religiosa ao país. Missionários e evangelistas levaram milhares de cazaques a abraçar o cristianismo. Nasceu, então, uma forte Igreja no Cazaquistão.

A perseguição

A constituição prevê a liberdade de religião, mas as leis do governo sobre religião limitam a proteção legal da liberdade religiosa.

Existe também a pressão da sociedade: para os cazaques, abraçar o cristianismo significa perder a identidade nacional. Um convertido comentou: “A maioria dos meus amigos cazaques toma álcool e não pratica os rituais islâmicos. Mas eles se consideram muçulmanos. Para eles, quem se torna cristão é um traidor que rejeitou os costumes nacionais”. Isso acontece porque, como em outros países da Ásia Central, o cristianismo é considerado como a religião dos russos. Especialmente no sul do país, perto da fronteira com o Uzbequistão, recém-convertidos têm problemas com seus parentes, clérigos ou patrões. Alguns perdem o emprego e são expulsos de casa.

Aproximadamente 65% da população professa a fé islâmica. Algumas etnias do país, como os uzbeques, os uigures e os tártaros, são historicamente muçulmanos sunitas. A maior concentração de muçulmanos praticantes está na região sul, que faz fronteira com o Uzbequistão. Havia 2.369 mesquitas registradas, a maioria filiada à Associação Espiritual dos Muçulmanos do Cazaquistão (SamK), uma organização nacional com laços estreitos com o governo.

Cerca de 70 mesquitas não são filiadas à SamK. Os russos, que representam aproximadamente 24% da população, e etnias menores de ucranianos e bielorrussos, são cristãos ortodoxos de tradição russa. Estima-se que 1,3% da população alemã do país seja de católicos romanos ou luteranos. O governo informou ter 83 igrejas católicas registradas e outras organizações afiliadas em todo o país.

As autoridades oprimem a Igreja de diversas formas. O registro das comunidades religiosas é compulsório, sob risco de multa. Forças de segurança interrompem cultos cristãos, filmando os participantes e recolhendo informações pessoais. Isso intimida os membros da igreja e outras pessoas que se interessem em participar dos cultos. Os cristãos protestantes sofrem mais que os outros, pois o governo desestimula a associação a grupos religiosos não-tradicionais (como a Igreja católica e a ortodoxa). Muitos consideram os cristãos protestantes como membros de grupos não-tradicionais. A Igreja Batista é considerada uma seita. Além disso, os meios de comunicação controlados pelo governo geralmente os retratam como ameaça à segurança e à sociedade.

Andrei Blok, um pastor batista da cidade de Esile, próxima à capital, foi processado por atividade religiosa não-registrada. A Igreja que pastoreia não é registrada – e nem quer o registro. Por dirigir uma congregação não-registrada, o pastor Andrei foi multado. No entanto, ele se recusou a pagar a multa.

Em outubro de 2008 teve início seu julgamento. Os membros de sua igreja temiam que ele fosse sentenciado a seis meses de prisão. O juiz que presidiu o caso puniu Andrei com 150 horas de trabalho obrigatório. Sua família comenta: “Se não fosse pelos inúmeros telefonemas internacionais que o tribunal e as autoridades receberam, Andrei teria sido sentenciado a alguns meses de prisão”.

História e Política

O Cazaquistão é um enorme país, cujo território é do tamanho de toda a Europa Ocidental. Ele possui vastos recursos minerais e grande potencial econômico. A paisagem varia de regiões montanhosas e bastante povoadas do leste às planícies do oeste, pouco habitadas, mas ricas em recursos naturais. O industrializado norte é marcado por vegetação e clima siberiano; o centro tem suas estepes áridas e vazias, e o sul é fértil. O nome do país vem da palavra kazaj (casaques), que significa “aventureiros, homens livres”.

A ocupação de seu território vem da Idade do Bronze (2000 a.C.), quando tribos ali desenvolveram agricultura e pastoreio, pois o clima e o território são apropriados para essas práticas. Por volta da metade do primeiro milênio antes da Era Cristã, muitas tribos ali se uniram, que inclusive conheciam a escrita. Já no século V d.C., Átila, com seus hunos, invadiu aquelas terras, anexando-as ao seu império. Posteriormente, os turcos otomanos assumiram o controle da região. Com os turcos, veio o Islã, religião dominante até hoje.

A consolidação política do território só aconteceu no século XIII, após a invasão mongol. Várias tribos bárbaras disputaram o controle daquela região, até que, no século XV, tribos cazaques se unificaram. No século seguinte, começou a se forjar a identidade étnica do Cazaquistão, embora ainda não houvesse ali um poder central, somente tribos unidas em torno dos khans – chefes que se consideravam descendentes do lendário imperador mongol Genghis Khan.

Em 1848, a Rússia anexou o território cazaque e seus cidadãos passaram a ser considerados russos. Com a Revolução Comunista de outubro de 1917, o Cazaquistão exigiu a sua independência, mas em 1936 ele se transformou em uma das repúblicas da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Para lá Stalin deportou muitos de seus críticos e adversários políticos. Em 1991, com a fragmentação da URSS, o Cazaquistão se tornou independente. Nursultan Nazarbayev está na presidência desde 1º de dezembro de 1991. Nazarbayev tomou o poder em 1989, no cargo de primeiro secretário do Partido Comunista do Cazaquistão. Ele foi eleito presidente no ano seguinte. Ele foi reeleito depois da queda da União Soviética, em 1991. Nazarbayev concentra amplos poderes e é acusado pela oposição de reprimir dissidentes. Embora diga que defende a democracia, alerta que uma mudança rápida pode colocar a estabilidade em risco.

Um referendo em 1995 estendeu seu mandato e em 1999 ele foi reeleito. Seu oponente foi proibido de participar por detalhes técnicos. O parlamento aprovou, em 2007, que Nazarbayev ficasse no poder por um número ilimitado de mandatos. Quando ele sair do poder, terá lugar permanente no conselho de defesa e o cargo de chefe da assembleia popular. As forças políticas de oposição e os meios de comunicação independentes têm suas atividades restringidas. O governo controla a imprensa, algumas estações de rádio e televisão.

População

A etnia cazaque é uma mistura de turcos e mongóis, tribos nômades que migraram para a região no século XIII.

O país é diverso etnicamente. Os cazaques, a etnia original, compõem mais de metade da população. Os russos são 28% e o restante é de outros povos do leste europeu. Esses grupos étnicos geralmente vivem em harmonia.

O Cazaquistão é um país bilíngue. A língua cazaque, falada por 64,4% da população, tem o status de “idioma estatal”. O russo é declarado a “língua oficial” e é usado nos negócios. A educação é compulsória até o fim do ensino médio. A taxa de alfabetização é 99,5%. O país tem um alto índice de viciados em drogas e de infectados como o vírus HIV.

Economia

O Cazaquistão, geograficamente a maior das antigas repúblicas soviéticas, excluindo a Rússia, possui enormes reservas naturais de fósseis de combustível e suprimentos abundantes de outros minerais e metais, tais como urânio, cobre e zinco. Ele também tem um grande setor agrícola, com gado e grãos.

Em 2002 o Cazaquistão tornou-se o primeiro país da antiga União Soviética a receber uma avaliação de risco de crédito de grau de investimento; de 2000 a 2007, a economia do Cazaquistão cresceu mais de 9% ao ano. Indústrias extrativas, particularmente de hidrocarbonetos e mineração, têm sido os motores desse crescimento. No entanto, as limitações geográficas e a infraestrutura decadente apresentam sérios obstáculos. Sem litoral, com acesso restrito ao alto mar, o país depende de seus vizinhos para exportar seus produtos, especialmente petróleo e gás. Embora os portos do Mar Cáspio e as linhas ferroviárias que transportam petróleo estejam atualizados, a aviação civil tem sido negligenciada.

Apesar dos sólidos indicadores econômicos, o governo percebe que sua economia sofre de uma dependência excessiva do petróleo e das indústrias extrativas, a chamada “doença holandesa”. Diante disso, o Cazaquistão tem investido em um ambicioso programa de diversificação, que visa desenvolver setores como transportes, produtos farmacêuticos, telecomunicações, petroquímica e processamento de alimentos.

 

By: Missão Portas Abertas

Eritreia

eritreia

Todas as igrejas evangélicas estão fechadas desde uma lei em 2002. Mais de 2.800 cristãos estão na prisão, e seus familiares não têm notícias deles há meses e anos

A Igreja e a Perseguição Religiosa

A Igreja

O cristianismo chegou ao país em 34 d.C., através de um tesoureiro do reino de Sabá, mas foi difundido com mais eficiência e rapidez no século IV d.C. O cristianismo ortodoxo (Tewahdo) é o mais praticado pelos eritreus: outros grupos cristãos, como católicos e protestantes, só chegaram ao país após 1890 com o domínio italiano. Os cristãos são basicamente ortodoxos e quase inteiramente da etnia tigrínia. As igrejas evangélicas estão crescendo, mas são limitadas em recursos para treinamento e evangelismo.

O governo exige que os grupos religiosos se registrem, mas não aprova nenhum registro, desde 2002, além dos quatro principais grupos religiosos: a Igreja Ortodoxa da Eritreia, a Igreja (luterana) Evangélica da Eritreia, o Islã e a Igreja Católica Romana. Os demais grupos religiosos não têm permissão para se reunir ou atuar livremente no país e quando o fazem são perseguidos.

A perseguição

Os cristãos estão sofrendo a pior perseguição de toda a história da Eritreia.

A Constituição de 1997 prevê liberdade religiosa, no entanto, ela ainda não foi implementada. Assim, não é permitida a distribuição de Bíblias no Exército e nas escolas. Desde setembro de 2001, foi suspensa definitivamente toda impressão de materiais religiosos (papéis e livros devocionais ou particulares etc.).

Desde maio de 2002, todas as igrejas evangélicas estão fechadas por ordem do governo e precisam de autorização para funcionar. A prática de prender aqueles que se reúnem ou exercem qualquer outra atividade religiosa sem a autorização do governo já causou a prisão de mais de dois mil cristãos. Eles são mantidos em condições desumanas, presos em contêineres de metal ou em celas subterrâneas.

Os evangélicos não têm personalidade jurídica e, até agora, os registros para suas igrejas não foram concedidos. Atualmente, a igreja evangélica reúne-se ilegalmente nas casas. O governo controla as escolas que eram cristãs e reluta em registrar outras. Em 2002, o governo do presidente Isaías Afworki fechou as 12 igrejas protestantes independentes da Eritreia, proibindo suas congregações de se reunir até mesmo em casas. Desde então, pastores, soldados, mulheres, adolescentes, crianças e idosos foram presos quando surpreendidos em uma reunião, lendo a Bíblia e orando em grupos. O estado reconhece somente quatro instituições religiosas “históricas” no país, a saber: o islamismo e as igrejas ortodoxa, católica e luterana evangélica.

Dois líderes-chave da Igreja do Evangelho Pleno, uma das maiores denominações pentecostais da Eritreia, foram presos às seis horas da manhã de 23 de maio de 2004, em suas casas, em Asmara. Durante as detenções, os policiais confiscaram as chaves dos gabinetes pastorais, ameaçando verbalmente suas esposas. Haile Naizgi, que exerce o cargo de  presidente da Igreja do Evangelho Pleno e o Dr. Kifle Gebremeskel, como presidente da Aliança Evangélica na Eritreia, estão presos em Asmara sem nenhum contato com suas famílias ou visitantes.

Na mesma época, uma cantora cristã eritreia também foi presa, em uma operação do Ministério da Defesa, apesar de ter cumprido seu serviço militar e nacional obrigatório. Helen Berhane era membro da Igreja Rema e havia lançado um CD que se tornara popular entre os jovens. Ela não atendeu às exigências: assinar um documento renegando sua fé em Cristo, prometendo não cantar mais, não compartilhar sua fé em Cristo e não realizar quaisquer atividades cristãs na Eritreia. Por isso, Helen ficou presa até o início de 2007. Ela saiu do país clandestinamente naquele ano e conseguiu asilo na Dinamarca, onde mora com sua filha.

Há mais de uma década, a Eritreia declarou que todos os grupos cristãos que não pertencessem às igrejas oficiais do governo não podiam funcionar de maneira nenhuma. Até o momento, o governo aprisionou milhares de cristãos. Muitos deles ainda permanecem sob custódia, sem nunca terem ido a julgamento para definir sua situação. Estima-se que 16 pessoas morreram este ano nas prisões, devido a doenças, tortura e desnutrição.

História e Política

A Eritreia divide-se em quatro principais regiões fisiográficas: a planície costeira do mar Vermelho; o planalto centro-sul, que forma o núcleo do país; as colinas das áreas norte e centro-oeste; e os amplos planaltos ocidentais. Seu nome remete ao antigo nome dado ao Mar Vermelho em latim: Mare Erythraeum. Segundo descobertas mais recentes da arqueologia, os povos que habitavam essa região datam de milhares de anos a.C. A bíblia se refere aos povos que viveram nessa região (Eritreia, Etiópia, Somália) como etíopes.

No século VIII a.C., apareceu uma civilização urbana no planalto da Eritreia, relacionada ou  talvez formada por uma parte do reino antigo de Sabá. Dessa sociedade relacionada com os povos semíticos na Arábia meridional surgiu a civilização de Axum, em que se baseia a maior parte da história e cultura do país. Axum chegou a ser o maior centro de poder na região do Mar Vermelho. Produzia sua própria moeda, sistema alfabético, dominando as terras e o comércio de toda a região e adotando o cristianismo no século III d.C. Os europeus desse tempo chamavam de Etiópia (o nome dum país mítico e lendário na literatura grega) todas as terras ao sul do Egito, sem distinguir reinos.

O surgimento do Islã na Arábia, do outro lado do Mar Vermelho, debilitou até certo ponto o reino cristão de Axum. A Eritreia viveu sob assédio constante de muitos povos. Os otomanos subjugou o país com a intenção de dominar todo o leste da África. Os egípcios queriam o território eritreu, porque o país contém mais de mil quilômetros da costa do Mar Vermelho e, estrategicamente, seria importante para o comércio no Mar Mediterrâneo e no Canal de Suez.

No século XIX, com o neocolonianismo das potências europeias sobre os países da África, a Eritreia se tornou colônia da Itália. De 1890 a 1941 os italianos dominaram o país, mas ao fim da Segunda Guerra Mundial perderam a autonomia sobre o território para a Grã-Bretanha, que, por interesses políticos e econômicos, juntamente com os EUA e a ONU, unificou seu território ao da vizinha Etiópia como países confederados e sob a administração do rei etíope. Hoje, é evidente por todo o país a influência da colonização italiana nas fábricas, igrejas, cinemas, pizzarias, cafés etc. Asmara, capital do país, foi também a capital das colônias italianas no leste da África. Em 1961, o rei etíope cancelou o acordo da ONU, que unira os dois países sob uma federação, fechou o parlamento eritreu e declarou a Eritreia uma província da Etiópia. Esse posicionamento do governo etíope levou a uma guerra pela independência da Eritreia, que durou 30 anos.

A Eritreia foi o último país africano a declarar sua independência (1991), reconhecida pela ONU em 1993.

Em 1998, Eritréia de Etiópia entraram em guerra (fomentada por países do ocidente, que não se contentavam com a política Eritreia e com sua autossuficiência econômica), devido às divergências sobre suas fronteiras. Essa guerra durou até o ano 2000 e estima-se que mais de 300 mil pessoas morreram. Após a independência, a Eritreia tinha estabelecido uma economia crescente e saudável, mas a guerra de 1998-2000 com a Etiópia teve um grande impacto negativo sobre a economia e os investimentos. Uma parcela significativa de seu território no oeste e sul, onde a agricultura era fonte importante de renda, foi ocupada pela Etiópia. Durante esse período, mais de um milhão de eritreus foram deslocados, embora quase todos tenham sido reassentados em 2007.

A política exercida na Eritreia é autoritária e unipartidária. O país é governado, desde 1993, pelo presidente Isaías Afewerki, que tem o poder legislativo e judiciário em suas mãos, e pela Frente Popular por Democracia e Justiça (FPDJ). Outros grupos políticos são proibidos de se organizar como partidos e desde a independência do país, em 1993, nunca houve eleições.

População

A população da Eritreia é formada por muitos grupos étnicos: o maior deles é o tigrínia, cuja maioria é cristã. Cerca de 59% da população é alfabetizada, mas metade vive abaixo da linha da pobreza. Toda a população adulta do país (homens e mulheres com mais de 18 anos) deve servir obrigatoriamente nas forças armadas por, pelo menos, 6 meses.

Devido à falta de liberdade política e religiosa, muitos jovens estão fugindo para países vizinhos. O governo costuma punir com severas multas as famílias das pessoas que fugiram do país. De acordo com a ONU,  duas em cada três eritreus sofrem de desnutrição, porém o governo restringe a ajuda de grupos humanitários para limitar a influência externa.

Economia

Cerca de 80% da população do país está envolvida na agricultura de subsistência; a economia do país é totalmente controlada pelo partido que governa o país, a Frente Popular por Democracia e Justiça (FPDJ). Devido à sua economia fechada, poucas empresas privadas permanecem no país.

O futuro econômico da Eritreia depende da sua capacidade de administrar bem os problemas sociais, como o alto índice de analfabetismo, de desemprego, de baixas qualificações e da disposição do governo em investir em uma economia de mercado.

By: Missão Portas Abertas

Nigeria

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                                           A Igreja e a Perseguição Religiosa

                                                             A Igreja

A presença cristã no país data do século XIV, quando dois monges portugueses, Agostinho e Capuchine, chegaram à Nigéria com a finalidade de pregar o cristianismo. A primeira missão cristã só chegou ao país no século XIX, com os ingleses. O número de cristãos é maior na parte sul do país; já o norte é dominado por maioria muçulmana.

A colonização dos países da África pelos europeus, especialmente nos séculos XIX e XX, contribuiu de forma muito significativa para o crescimento da igreja cristã na Nigéria.
A Igreja tem crescido em diversas denominações: anglicana, batista e grupos pentecostais. Os líderes cristãos no norte do país sofrem grande pressão econômica e política.

                                              A Perseguição

O registro histórico do primeiro confronto entre cristãos e muçulmanos data do século XIX, quando um muçulmano chamado Fulani declarou uma guerra santa contra os muçulmanos infiéis e contra os descrentes (não muçulmanos), subjugando as cidades do norte do país e criando o Califado de Sokoto. É através de Fulani que surge na Nigéria o grupo étnico Hausa-Fulani.

Constitucionalmente, a Nigéria é um Estado laico com liberdade religiosa. Durante quase 40 anos, o governo no norte deu tratamento preferencial a muçulmanos, discriminando os cristãos. Pouco foi feito para pôr um fim à perseguição e, como resultado, muitas igrejas foram queimadas e cristãos, mortos.

Embora exista liberdade para evangelizar, há uma forte oposição dos muçulmanos contra aqueles cristãos que procuram praticar este ministério. A oposição islâmica já foi responsável pela morte de muitos mártires, especialmente na região norte do país. Apenas entre 1982 e 1996, ocorreram mais de 18 conflitos de grande escala entre cristãos e muçulmanos no norte da Nigéria. Tais conflitos deixaram um saldo de mais de 600 cristãos mortos e cerca de 200 igrejas incendiadas.

Os Estados não têm permissão para escolher uma religião. Entretanto, desde 1999, a lei islâmica, sharia, foi adotada em 12 Estados do norte. Alguns políticos do norte esperam que a introdução da sharia atraia uma significativa quantidade de grandes investidores de países árabes.

Apesar da garantia de que essa controvertida lei será aplicada somente aos muçulmanos, os cristãos nigerianos e os ex-muçulmanos temem discriminação sob o regime legal.Sabe-se que as garotas cristãs dos Estados islâmicos do norte são forçadas a usar o hijab, traje muçulmano feminino, quando frequentam uma escola pública. Apesar de as escolas mantidas pelo governo serem obrigadas a ensinar tanto a educação religiosa cristã como a muçulmana, as autoridades de muitas partes do norte impedem o ensino do cristianismo.

O estado de Jos, no norte do país, é o local de maior tensão entre cristãos e muçulmanos: entre 1999 e 2001, uma série de revoltas e motins ocorreu na cidade, onde mais de mil pessoas foram mortas. Em 2010 a cidade voltou aos noticiários por causa do enfrentamento entre ambos os grupos, num evento em mais de 500 pessoas foram assassinadas. As revoltas são impulsionadas por questões políticas, econômicas e religiosas. No natal de 2011 diversos ataques a bomba foram feitos contra igrejas cristãs nos quais mais de 40 pessoas foram mortas. O grupo radical islâmico Boko Haram assumiu a autoria dos atentados. Nos ultimos anos houve um significativo aumento da violência sectária no país, principalmente na região norte de maioria muçulmana.

                                       História e Política

A Nigéria localiza-se no oeste da África, às margens do Golfo da Guiné. A topografia do país caracteriza-se pela predominância de terras baixas e planaltos. A região central possui terras mais altas e algumas colinas, enquanto a região sudeste apresenta um relevo montanhoso; a região norte do país possui predominantemente áreas planas. Seu nome faz alusão ao Rio Níger, o principal rio do oeste da África e o terceiro maior do continente africano. Além disso, Niger é considerado um termo oriundo do latim, que, neste idioma, significaria Black em referência aos povos negros da África – mas essa definição não é 100% aceita.

A Nigéria abrigou umas das civilizações mais avançadas da Antiguidade e da história dos Impérios que existiram no continente africano: a cultura Nok (500 a.C. – 200 a.C.). Essa civilização se desenvolveu na utilização de ferramentas industriais, como ferro e estanho; tinha pleno conhecimento sobre a agricultura e a arte, tendo influenciado civilizações africanas posteriores.

As caravanas de comércio árabe alcançaram a África Ocidental no século VII d.C., expandindo para essa região a fé e a cultura islâmicas. Do século XI ao XV, vários estados islâmicos se sucederam no poder, formando estados autônomos. Buscando dominar o comércio e a coleta de impostos ao longo do Rio Níger, a Grã-Bretanha obteve o controle da área que hoje corresponde ao território nigeriano durante o fim do século XIX e o início do século XX, mas o país se tornou independente dos britânicos em 1914.

A Nigéria foi criada em 1914 e já nasceu dividida em três regiões distintas: o norte, predominantemente muçulmano e habitado pelos hauçás e fulanis; o sudoeste, lar da etnia ioruba; e a região sudeste, onde vivem os ibos.

Embora um movimento nacionalista liderado por importantes políticos já tivesse exigido autonomia para a Nigéria dentro da Comunidade Britânica em 1930, foi só em 1960 que o país finalmente obteve de fato a sua independência.

A Nigéria continua experimentando tensão étnica e religiosa, existentes há muito tempo. Embora as últimas eleições presidenciais (em 2003 e 2007) tenham sido marcadas pela irregularidade e pela violência, o país experimenta atualmente o mais longo período de paz desde a independência. Mas ainda há tensões locais, menos generalizadas. Em novembro de 2008, aproximadamente 400 pessoas morreram durante conflitos entre muçulmanos e cristãos na cidade de Jos, logo após as eleições locais.

Em fevereiro de 2009, na cidade de Bauchi, próxima a Jos, novos conflitos religiosos causaram a morte de mais 11 pessoas. Igrejas e mesquitas foram destruídas. Em 2011, novas revoltas impulsionadas por grupos islâmicos ocorreram em todo o norte do país, em protesto à eleição do presidente cristão Goodluck Jonathan: mais de 500 pessoas foram mortas, igrejas, casas e até mesquitas foram incendiadas.

O governo do Estado alega que as constantes crises e confrontos entre muçulmanos e cristãos sempre têm motivações políticas e econômicas por trás.

                                                     População

A Nigéria é o país mais populoso do continente africano e o oitavo mais populoso do mundo, contando com a maior população negra do planeta. Além disso, tem uma das maiores densidades populacionais do mundo: aproximadamente um em cada 4 africanos é nigeriano.

Há no país mais de 250 diferentes grupos etnolinguísticos, divididos igualmente entre muçulmanos e cristãos; há também um número significativo de pessoas que seguem religiões tradicionais africanas e são faladas 521 línguas. Os três maiores grupos étnicos do país são: os hauçás, os igbos e os iorubás.

O inglês é usado como idioma oficial no país, facilitando a comunicação entre os diversos grupos étnicos.

                                                            Economia
            A Nigéria é o principal exportador de petróleo e gás natural do oeste africano: suas produções e exportações representam mais de 40% do seu PIB, conta com 159 campos de petróleo e aproximadamente 1.480 poços. Na agricultura, os principais gêneros produzidos pelo país são cacau, café, amendoim, banana, algodão, cana-de-açúcar, milho e azeite de dendê.